ENSINO A DISTÂNCIA – REALIDADE OU UTOPIA?
Segundo
levantamento realizado pelo Ministério da Educação, os alunos de cursos à
distância obtém resultados melhores no ENADE, exame que avalia cursos de ensino
superior.
Está ficando cada vez mais frequente essa situação, qual é a razão?.
Com
certeza muitas são as razões, cada um dos leitores poderiam elencar algumas: conteúdo,
metodologia aplicada, suporte ao aluno, mídias disponíveis entre outros.
Mas
com certeza o que mais proporciona isso é que o aluno de Ensino a Distância
(EaD), que de “Distância não tem nada”, é que ele possui autonomia durante os
estudos, com um nível maior de exigência e maior de foco e dedicação no seu
aprendizado.
Esta
modalidade de ensino acaba impulsionando o aluno a se comprometer aos estudos e
buscar resultados positivos em cada etapa e desafio proposto.
E você
identifica seu próprio estilo de aprendizagem, passando a buscar as ferramentas
e atividades mais adaptadas a seu estilo.
O Ensino a
Distância leva a aprendizagem até as pessoas, pela possibilidade de:
Explorar, Pesquisar,
Colaborar, Interagir e Compartilhar conhecimentos e experiências com outras
pessoas formando uma condição de mutua ajuda entre os participantes do curso.
Mais
do que uma ferramenta facilitadora do aprendizado, o EaD possui características
que estimulam a ação de aprender, no seu sentido mais amplo.
A
escola nos condicionou a raciocinar de maneira uniforme, salvo alguns
professores mais iluminados que privilegiavam a criatividade e inovação. No
entanto, quando entramos no mercado de trabalho nos deparamos com uma realidade
diferente, onde nem sempre as respostas enlatadas pelo nosso ensino são as mais
adequadas.
É
nesse momento que percebemos como o EaD, ou qualquer outro tipo de educação a
distância, pode ser útil para “aprendermos a aprender”, seja na vida acadêmica
ou já no ambiente corporativo.
Já
está mais do que comprovado que o bom profissional é aquele que busca educação
e aperfeiçoamento contínuo. Porém, a busca pelo conhecimento por meio de um
curso a distância, independentemente do meio utilizado, mostra o quanto um
profissional é pró-ativo e interessado em seu autodesenvolvimento,
características muito admiradas pelas empresas atualmente.
E o
que difere o ensino a distância do ensino presencial na busca pelo auto
desenvolvimento?
Estar
presente em uma sala de aula não garante aprendizado a ninguém, afinal,
conhecimento não ocorre por osmose. Tão pouco o EaD surge para resolver a
questão. No entanto, o fator diferencial entre os dois tipos de ensino está
entre receber conhecimento e buscar conhecimento.
No EaD,
ou em qualquer outro sistema a distância, o aluno é o sujeito determinante no
processo de aprendizagem. Seu papel é ativo e participativo, pois antes de
recorrer à ajuda de um professor ou tutor, o aluno, tem que voluntariamente,
tenta buscar respostas para suas indagações, consultando outras fontes de
informação e tendo mais tempo para assimilá-las e interpretá-las.
Pensar
que as facilidades do EaD substituem a dedicação exigida no ensino presencial é
utopia. A flexibilidade de tempo, espaço e ritmo de aprendizagem são vantagens
indiscutíveis, mas para se atingir o nível de conhecimento desejado é preciso
que o aluno tenha consciência do seu papel.
De acordo com um estudo realizado pela
Universidade de Ohio nos Estados Unidos, alguns dos fatores decisivos para o
sucesso de um “e-aluno” são a capacidade de automotivação, disciplina e
voluntariedade. O ideal é que, ao optar por fazer um curso online, o
participante estabeleça um programa de estudo. Nas EaD sugerimos que o aluno
defina os horários e locais mais apropriados para realizar seus estudos.
As
organizações enfrentam um mercado cada vez mais competitivo, por isso, precisam
buscar formas de se aperfeiçoarem para conquistar ou manter suas posições num
ambiente de mudanças constantes e imprevisíveis.
Uma pesquisa, realizada pela
e-Learning Brasil em 2001, levantou, entre o público corporativo, os fatores
que incentivam o interesse em se obter bons resultados nos cursos de
aperfeiçoamento profissional online. Destacam-se os alunos que buscam o
desenvolvimento pessoal, aumento da empregabilidade, promoção de cargo e/ou
aumento salarial. Com esses dados, podemos traçar alguns traços do perfil de um
aluno que obtém êxito nos cursos de capacitação profissional online: busca pelo
autodesenvolvimento e autonomia para impulsionar a carreira.
A
pesquisa de novembro do Portal Learning & Performance Brasil identificou o
interesse das organizações pelo e-Learning, em 2013. Os resultados, obtidos nos
três tópicos abordados desta pesquisa, permitem concluir que as organizações
estão otimistas quanto a utilização das práticas de e-Learning em 2013, uma vez
que grande parte dos executivos consultados (84%) expressaram que o interesse
pelas práticas de e-Learning nas suas organizações aumentará consideravelmente
este ano. Ainda assim, mais 3% acreditam em um leve crescimento.
Nesse
sentido, nasce a necessidade e o conceito de educação continuada, que deve ser
estendida não só para os jovens, mas para o conjunto da população adulta, mesmo
que essa população não tenha tido a oportunidade de concluir a educação básica,
pois certamente necessitará de um aperfeiçoamento profissional em cursos ou
programas de capacitação de curta ou longa duração, em horários e modalidades
compatíveis com a sua capacidade de desenvolvimento.
Senge,
enfatiza que o futuro das organizações e nações, cada vez mais, depende de sua
capacidade de aprender, pois quando as pessoas e as organizações estão
aprendendo, produzem resultados extraordinários, além de seus integrantes
crescerem com maior rapidez, sendo que de outra forma isso não seria possível.
Como
exposto, pode-se dizer que temos um grande caminho a percorrer e desafios a
serem contornados no que se refere à estruturação de ações de desenvolvimento
pessoal que viabilizem o desenvolvimento de competências estruturais e
culturais.
Ao oferecer
acesso fácil a uma gama de recursos de aprendizagem pela EaD, muitas
organizações viram esta modalidade como um complemento atraente para outras
abordagens e programas de aprendizagem. Elas observaram que a EaD é um
componente importante para satisfazer a necessidade de disseminar informações de
forma rápida e econômica.
Como vimos,
a EaD surge como uma metodologia flexível para a implantação de ações eficazes
para que a organização possa ter sucesso na implantação da Educação
Corporativa. É notório que a sociedade necessita de pessoas críticas e com
grande capacidade de aprender a aprender, e cabe à educação a responsabilidade
de formar este profissional.
É
necessário desenvolver e disponibilizar mecanismos de aprendizagem com mais
flexibilidade. A EaD pode se usada adequadamente como sendo uma possível
solução para satisfazer as necessidades crescentes para o desenvolvimento das
pessoas, bem como na melhoria das atividades das organizações, como fóruns de
debates, salas de bate-papo e outras formas de comunicação e interação
disponíveis em meio eletrônicos.
Outros
fatores que contribuem para a utilização da EaD são a economia tempo e custos,
ao levar a aprendizagem até onde o funcionário se encontra, em vez de forçá-lo
a deslocar-se para participar de um curso, além de aprimorar o desenvolvimento
organizacional, mediante o uso da EaD, para transmitir mensagens coerentes e
oferecer oportunidades de aprendizagem contínua voltadas para competências
necessárias e assegurar que a mensagem correta seja transmitida mediante a
atualização oportuna do conteúdo dos cursos.
Simplificando, o
aluno ou o profissional que se dedicar, aproveitar os recursos e vantagens da
EaD e tiver autodisciplina não encontrará dificuldades para realizar um curso
online e atingirá facilmente os resultados desejados.
Bernardo De Filippis
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