segunda-feira, 24 de dezembro de 2012


ENSINO A DISTÂNCIA – REALIDADE OU UTOPIA?


Segundo levantamento realizado pelo Ministério da Educação, os alunos de cursos à distância obtém resultados melhores no ENADE, exame que avalia cursos de ensino superior.

 

Está ficando cada vez mais frequente essa situação, qual é a razão?.

 

Com certeza muitas são as razões, cada um dos leitores poderiam elencar algumas: conteúdo, metodologia aplicada, suporte ao aluno, mídias disponíveis entre outros.

 

Mas com certeza o que mais proporciona isso é que o aluno de Ensino a Distância (EaD), que de “Distância não tem nada”, é que ele possui autonomia durante os estudos, com um nível maior de exigência e maior de foco e dedicação no seu aprendizado.

 

Esta modalidade de ensino acaba impulsionando o aluno a se comprometer aos estudos e buscar resultados positivos em cada etapa e desafio proposto.

 

E você identifica seu próprio estilo de aprendizagem, passando a buscar as ferramentas e atividades mais adaptadas a seu estilo.

 

O Ensino a Distância leva a aprendizagem até as pessoas, pela possibilidade de:

Explorar, Pesquisar, Colaborar, Interagir e Compartilhar conhecimentos e experiências com outras pessoas formando uma condição de mutua ajuda entre os participantes do curso.

 

Mais do que uma ferramenta facilitadora do aprendizado, o EaD possui características que estimulam a ação de aprender, no seu sentido mais amplo.

 

A escola nos condicionou a raciocinar de maneira uniforme, salvo alguns professores mais iluminados que privilegiavam a criatividade e inovação. No entanto, quando entramos no mercado de trabalho nos deparamos com uma realidade diferente, onde nem sempre as respostas enlatadas pelo nosso ensino são as mais adequadas.

 

É nesse momento que percebemos como o EaD, ou qualquer outro tipo de educação a distância, pode ser útil para “aprendermos a aprender”, seja na vida acadêmica ou já no ambiente corporativo.

 

Já está mais do que comprovado que o bom profissional é aquele que busca educação e aperfeiçoamento contínuo. Porém, a busca pelo conhecimento por meio de um curso a distância, independentemente do meio utilizado, mostra o quanto um profissional é pró-ativo e interessado em seu autodesenvolvimento, características muito admiradas pelas empresas atualmente.

 

E o que difere o ensino a distância do ensino presencial na busca pelo auto desenvolvimento?

 

Estar presente em uma sala de aula não garante aprendizado a ninguém, afinal, conhecimento não ocorre por osmose. Tão pouco o EaD surge para resolver a questão. No entanto, o fator diferencial entre os dois tipos de ensino está entre receber conhecimento e buscar conhecimento.

 

No EaD, ou em qualquer outro sistema a distância, o aluno é o sujeito determinante no processo de aprendizagem. Seu papel é ativo e participativo, pois antes de recorrer à ajuda de um professor ou tutor, o aluno, tem que voluntariamente, tenta buscar respostas para suas indagações, consultando outras fontes de informação e tendo mais tempo para assimilá-las e interpretá-las.

 

Pensar que as facilidades do EaD substituem a dedicação exigida no ensino presencial é utopia. A flexibilidade de tempo, espaço e ritmo de aprendizagem são vantagens indiscutíveis, mas para se atingir o nível de conhecimento desejado é preciso que o aluno tenha consciência do seu papel.

 

De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Ohio nos Estados Unidos, alguns dos fatores decisivos para o sucesso de um “e-aluno” são a capacidade de automotivação, disciplina e voluntariedade. O ideal é que, ao optar por fazer um curso online, o participante estabeleça um programa de estudo. Nas EaD sugerimos que o aluno defina os horários e locais mais apropriados para realizar seus estudos.

 

As organizações enfrentam um mercado cada vez mais competitivo, por isso, precisam buscar formas de se aperfeiçoarem para conquistar ou manter suas posições num ambiente de mudanças constantes e imprevisíveis.

 

Uma pesquisa, realizada pela e-Learning Brasil em 2001, levantou, entre o público corporativo, os fatores que incentivam o interesse em se obter bons resultados nos cursos de aperfeiçoamento profissional online. Destacam-se os alunos que buscam o desenvolvimento pessoal, aumento da empregabilidade, promoção de cargo e/ou aumento salarial. Com esses dados, podemos traçar alguns traços do perfil de um aluno que obtém êxito nos cursos de capacitação profissional online: busca pelo autodesenvolvimento e autonomia para impulsionar a carreira.

 

A pesquisa de novembro do Portal Learning & Performance Brasil identificou o interesse das organizações pelo e-Learning, em 2013. Os resultados, obtidos nos três tópicos abordados desta pesquisa, permitem concluir que as organizações estão otimistas quanto a utilização das práticas de e-Learning em 2013, uma vez que grande parte dos executivos consultados (84%) expressaram que o interesse pelas práticas de e-Learning nas suas organizações aumentará consideravelmente este ano. Ainda assim, mais 3% acreditam em um leve crescimento.

 

Nesse sentido, nasce a necessidade e o conceito de educação continuada, que deve ser estendida não só para os jovens, mas para o conjunto da população adulta, mesmo que essa população não tenha tido a oportunidade de concluir a educação básica, pois certamente necessitará de um aperfeiçoamento profissional em cursos ou programas de capacitação de curta ou longa duração, em horários e modalidades compatíveis com a sua capacidade de desenvolvimento.

 

Senge, enfatiza que o futuro das organizações e nações, cada vez mais, depende de sua capacidade de aprender, pois quando as pessoas e as organizações estão aprendendo, produzem resultados extraordinários, além de seus integrantes crescerem com maior rapidez, sendo que de outra forma isso não seria possível.

 

Como exposto, pode-se dizer que temos um grande caminho a percorrer e desafios a serem contornados no que se refere à estruturação de ações de desenvolvimento pessoal que viabilizem o desenvolvimento de competências estruturais e culturais.

 

Ao oferecer acesso fácil a uma gama de recursos de aprendizagem pela EaD, muitas organizações viram esta modalidade como um complemento atraente para outras abordagens e programas de aprendizagem. Elas observaram que a EaD é um componente importante para satisfazer a necessidade de disseminar informações de forma rápida e econômica.

 

Como vimos, a EaD surge como uma metodologia flexível para a implantação de ações eficazes para que a organização possa ter sucesso na implantação da Educação Corporativa. É notório que a sociedade necessita de pessoas críticas e com grande capacidade de aprender a aprender, e cabe à educação a responsabilidade de formar este profissional.

 

É necessário desenvolver e disponibilizar mecanismos de aprendizagem com mais flexibilidade. A EaD pode se usada adequadamente como sendo uma possível solução para satisfazer as necessidades crescentes para o desenvolvimento das pessoas, bem como na melhoria das atividades das organizações, como fóruns de debates, salas de bate-papo e outras formas de comunicação e interação disponíveis em meio eletrônicos.

 

Outros fatores que contribuem para a utilização da EaD são a economia tempo e custos, ao levar a aprendizagem até onde o funcionário se encontra, em vez de forçá-lo a deslocar-se para participar de um curso, além de aprimorar o desenvolvimento organizacional, mediante o uso da EaD, para transmitir mensagens coerentes e oferecer oportunidades de aprendizagem contínua voltadas para competências necessárias e assegurar que a mensagem correta seja transmitida mediante a atualização oportuna do conteúdo dos cursos.

 

Simplificando, o aluno ou o profissional que se dedicar, aproveitar os recursos e vantagens da EaD e tiver autodisciplina não encontrará dificuldades para realizar um curso online e atingirá facilmente os resultados desejados.

 

Bernardo De Filippis

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